quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Bom. Primeiramente, gostaria de esclarecer que não estou intuito a ninguém deixar seus relacionamentos. No entanto, quando nos encontramos em um relacionamento em que não há mais amor, continuar empurrando com a barriga é uma puta de uma burrice. Pois é, este é o meu caso. Estou há dois anos e onze meses em um relacionamento, e mais ou menos há um ano não sou mais feliz. Infelizmente, nunca tive coragem de terminar, isso porque, meu futuro ex-namorado mora sozinho aqui em Sampa. Claro, que este não é o motivo mais relevante. O que possuiu maior influência sobre mim, este tempo todos, foi o medo da solidão.

Foto retirada da internet.
Eu sempre senti esse medo, mas nunca parei realmente para avaliar o que esse sentimento representa em minha vida. Em uma conversa com minha terapeuta descobri que deveria pensar um pouco sobre isso. Afinal, o que é a solidão? Primeiramente, é preciso ter em mente que estar solteira e sozinha são situações totalmente diferentes. Pensando nisso resolvi definir o que cada palavra representa. Então, em minha opinião, solteira é não ter compromisso com outra pessoa. Solidão é abandonar-se, isso porque existem milhares de pessoas que mesmo com muitas pessoas aos seus lados, ainda sim, sentem a temida solidão.

Desta forma, é possível estar solteira sem sentir solidão. Outro fato que avaliei muito em minha vida, é como aconteceu para eu sentir essa solidão. Percebi que ao longo do meu namoro me anulei totalmente, pois achava que estava fazendo o que era certo, para que o meu namoro desse certo e para não perder meu companheiro. O que no fim, foi totalmente errado. Por quê? Porque eu me perdi de mim mesma, já não sabia o que gostava, quais músicas eram minhas preferidas, o que eu realmente gostaria de fazer. Isso porque minhas respostas eram sempre – o que você quiser está bom. E no fim das contas o que aconteceu, foi que uma infelicidade extrema tomou conta do meu ser. Nada me deixava feliz.

Para mudar isso, resolvi entrar em uma terapia. E assim me dei conta de que deveria saber quem realmente eu sou. Ainda estou em fase de descobrimento. Mas as poucas descobertas são reveladoras. Uma delas foi de que eu entrei nesse relacionamento cegamente, me entreguei totalmente. Além disso, descobri que a pessoa que estava comigo não era o que eu queria para mim. Mas como eu me envolvi com ele? Bom, quando o conheci eu era uma garota que não se valorizava, não possuía amor próprio e achava que ninguém poderia me amar. Então quando ele me pediu em namoro, meu inconsciente despertou e me fez acreditar que eu tinha que me entregar, pois essa era a ÚNICA oportunidade de alguém me amar. Recordo-me de uma frase do filme As vantagens de ser invisível que diz, “nós temos o amor que achamos que merecemos”, pois é.

Hoje percebo que não é assim, mas antes de conseguir que alguém me ame eu preciso antes de qualquer coisa, me amar, pois caso contrário um próximo relacionamento terá 99% de chance de fracassar.

Bom, então, o primeiro paço para mudar é terminar meu relacionamento. Não posso mais continuar com ele, até porque, estou ‘empatando’ ele de encontrar alguém que o ame de verdade, e isso é muito egoísmo. Enfim, farei isso e conterei a vocês, assim como também relatarei meus próximos passos para descobrir que “solidão não mata, ensina a viver”.
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